LÍDER DA BANCADA DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE PELOTAS

quarta-feira, 18 de julho de 2007

AAPECAN: ENTIDADE DE UTILIDADE PÚBLICA


Vereador Oppa propôs projeto de lei para declarar a Associação de Apoio
a Pessoas com Câncer (Aapecan) como instituição de utilidade pública.






A Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) tornou-se uma entidade de utilidade pública por meio do projeto de lei aprovado, por unanimidade, na sessão ordinária do dia 16 de julho do Legislativo pelotense. Proposta pelo vereador Paulo Oppa, líder da bancada do PT na Câmara, a iniciativa auxiliará na melhoria do atendimento de cerca de 230 famílias no município.
Um dos principais benefícios, informa Palmira Liane Oliveira Jacques, assistente social da instituição, será a facilitação da captação de recursos financeiros para, por exemplo, a implementação de projetos sócio-educativos. Este reconhecimento legal, analisa Palmira, é de importância capital para o recebimento de aportes de investimentos nas instâncias municipal, estadual e federal.
A Receita Federal é um dos órgãos estatais que exige o título de utilidade pública para o repasse de mercadorias apreendidas com o fim de uso pela associação. Para viabilizar benefícios como esse, o parlamentar decidiu capitanear a declaração em razão dos relevantes serviços prestados na área de oncologia e assistência social.
"A Aapecan, subsidiada apenas por contribuições em espécie e doações em gênero, provê medicamentos, suprimentos e alimentos no pós-alta não só da Fau, mas da Santa Casa de Misericórdia e da Beneficência Portuguesa", reconhece Oppa.
Há dois anos dando assistência a enfermos de câncer em Pelotas, a entidade tem matriz em Caxias do Sul e opera fundamentalmente por meio de telemarketing. O serviço social dos hospitais encaminha pacientes que foram liberados da internação e que não possuem condições financeiras para dar continuidade ao tratamento em casa. A triagem, então, é feita pela Aapecan de acordo com alguns pré-requisitos: renda familiar até quatro salários mínimos, laudo médico e documentação completa.
Cumpridas às risca as exigências, o candidato ao auxílio recebe uma visita em seu domicílio confirmando a real necessidade alegada em sua inscrição. A assistente social enfatiza que o apoio não se circunscreve aos materiais, mas estende-se também ao tratamento psicológico: em todos os finais de tarde os beneficiários realizam terapia ocupacional por meio de atividades de artesanato.
Além do trabalho manual, os doentes participam de reuniões semanais do grupo de auto-ajuda orientadas por um profissional de saúde mental. Nestas ocasiões – todas as sextas-feiras às 14h30min. - um ex-paciente de câncer, atualmente curado, profere palestras de cunhos informativo e motivacional à cura. Adicionalmente, entrega mensalmente uma cesta básica e aproveita a oportunidade para realizar exposições educativas de técnicos da Previdência Social, médicos oncologistas, entre outros profissionais.
No entanto, a sua atuação não se restringe à assistência terapêutica. Acaba por efetivar um trabalho de prevenção ao propiciar minicursos e promover outros eventos. Entre eles, destaca-se, neste mês, o 1º Congresso Regional de Combate ao Câncer que realizará em Santa Cruz do Sul no próximo sábado. Conforme o coordenador André Oliveira, a sede de Caxias financiará o fretamento de um ônibus destinado ao transporte de pacientes e "cuidadores".

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