A intenção, explicou Oppa, é mobilizar os parlamentares para a aprovação do projeto de lei 619/2007, que tramita há seis meses no Congresso e institui o piso nacional de R$ 950,00 para o magistério de todo o País. O diretor do 24º Núcleo do Cpers/Sindicato, Antônio Andreazza, explicou na tribuna que, conforme pesquisas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o valor reivindicado para 40 horas beneficiaria cerca de 60% dos educadores brasileiros.
A luta pelo salário nacional consiste em somente um dos eixos da mobilização que a CNTE e os sindicatos a ela filiados estão promovendo nos Estados. O outro sustentáculo, informou Andreazza, concerne à pressão junto à governadora Yeda a fim de que encerre as políticas públicas implementadas que precarizam a educação, como a "enturmação" e a multisseriação. O Plano de Gestão do Governo do Estado é considerado pelo Cpers/Sindicato uma iniciativa de desmonte da educação no Rio Grande do Sul.
Durante o discurso, referindo-se às iniciativas do governo estadual "em nome da economia e do enxugamento da máquina pública", enfatizou: "educação não é gasto e, sim, investimento". Sobre a possibilidade de greve, que pode ou não ser deflagrada após a Assembléia Geral dos Educadores, cujo acontecimento está previsto para o dia 28 de março no Gigantinho (Porto Alegre), o diretor do sindicato afirmou que a resposta será fornecida pela governadora.
Antes disso, no dia 25 próximo, a categoria realiza a assembléia regional no auditório do Colégio Municipal Pelotense a fim de deliberar ou não o indicativo de paralisação dos educadores e funcionários pertencentes ao 24º Núcleo. Sob o slogan "Educação Merece Respeito", as escolas públicas de todas as prefeituras e estados brasileiros param suas atividades, amanhã (dia 14), em protesto pela não implementação do piso salarial nacional da educação.
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